Sexo na Adolecencia – VAMOS FALAR DE UM ASSUNTO QUE AINDA É UM TABÚ

VAMOS FALAR DE UM ASSUNTO QUE AINDA É UM TABÚ:

SEXUALIDADE – SEXO NA ADOLECÊNCIA.

É preciso que as pessoas tenham seus olhos bem abertos para novos paradigmas, vivemos momentos de transformações sociais e culturais, existe uma abertura profunda nos conceitos e valores nessa nova era…

Como consequência ocorreram transformações comportamentais em todas as gerações e nos níveis sociais. O que se torna relevante à máxima atenção as transformação e valores advindos das diversidades de idéias hoje implantadas pelos meios universais de comunicação.

Devemos pensar nas implicações destas transformações na realização individual e no relacionamento interpessoal de cada ser de forma individualizada.

O conceito de sexo ou sexualidade evolui nessa esfera global, tornando-se complexo e suscetível de confusão, pois os conceitos embutidos nesses termos estão os valores morais de cada ser, indivíduo.

Se considerarmos a educação sexual como uma componente do processo educativo global com implicações na realização individual e no relacionamento interpessoal de cada um, obviamente não poderá deixar de referir-se também ela a um conjunto de valores.

“Os Valores são princípios e convicções fundamentais que actuam como guias do nosso comportamento e que fortalecem as crenças sobre o que tem valor. São ideais porque nos batemos, referências, à luz das quais julgamos as nossas crenças e acções como boas, justas, desejáveis e dígnas do nosso respeito como: amor, igualdade, justiça liberdade, verdade, felicidade, segurança, paz de espírito. Não são “virtudes” ou “atitudes” (Gervilla, 1998).

Da consepção de valores do individuo, assim será suas atitudes comportamentais.

 Neste sentido, para Marques & Prazeres (2000) “constituem valores essenciais da educação para a sexualidade: – o reconhecimento de que a sexualidade é uma fonte de prazer e comunicação, e uma componente positiva de realização pessoal e das relações interpessoais; – a valorização das diferentes expressões da sexualidade ao longo do ciclo de vida; – o respeito pela pessoa do outro, quaisquer que sejam as suas características físicas e a sua orientação sexual; – a promoção da igualdade de direitos e oportunidades entre os sexos; – o respeito pelo direito à diferença; – o reconhecimento da importância da comunicação e do envolvimento afectivo e amoroso na vivência da sexualidade; – o reconhecimento do direito a uma maternidade/paternidade livres, conscientes e responsáveis; – o reconhecimento de que a autonomia, a liberdade de escolha e uma informação adequada são aspectos essenciais para a estruturação de atitudes e comportamentos responsáveis no relacionamento sexual”;

Falar de sexualidade ou sexo implica em falar de proteção da saúde sexual e reprodutiva.

Falar aos jovens é ainda mais necessário.

O adolescer é marcado por intensas mudanças físicas, psíquicas e pessoais, no qual os indivíduos consolidam valores e conceitos conforme acima mencionado. É uma fase do desenvolvimento humano no qual há busca constante pela autonomia, por meio da autodeterminação pessoal, construindo sua identidade social e de género. Fase do início da vida sexual, das descobertas amorosas, das decepções e dos sonhos. Estando sempre a ser influenciado pelo meio, pois nessa altura da vida dos adolescentes eles encontram-se muito vulneráveis, e cercados de informações de todos os lados. Informações essas que nem sempre contribuem para o crescimento saudável.

E diante dessas vulnerabilidades acabam adotando comportamentos sexuais inseguros, abrindo portas para exposições à doenças, gravidez e paternidades indesejadas, e ainda pior estão tão vulneráveis que entregam-se de corpo e alma a relacionamentos fúteis e vazios. Acarretando posteriormente mudança de comportamento psíquicos como: depressões, medos, bipolaridades e quando não a sugestões de suicídio.    

JOVEM VOCÊ SABE CUIDAR DE SUA SAUDE SEXUAL.????

EM PORTUGAL OS JOVENS TÊM UMA LINHA GRATUITA PARA TIRAR DÚVIDAS SOBRE SEXUALIDADE.

(IPDJ) – 800 222 003

O apoio é anónimo e confidencial e pretende ajudar os jovens que tenham dúvidas sobre Saúde Sexual e Reprodutiva. O serviço telefónico «Sexualidade em Linha» do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) – 800 222 003 – voltou a ser gratuito, independentemente da rede telefónica de quem o contacte, e passa a funcionar também aos sábados.

É IMPORTANTE QUE NÃO SÓ OS JOVENS TENHAM A PREOCUPAÇÃO COM A SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA, mas vale para todos com uma vida sexual ativa.

Um grande aliado aos fatores acima está o USO DO PRESERVATIVO.

O uso do preservativo como meio protetor da saúde sexual e reprodutiva não tem recebido a atenção que lhe é necessária. Os tabus, os excessos de pudores, a religiosidade, as inovações tecnológicas, as redes sociais e algumas práticas culturais têm colaborado para deixar esse auxiliar relegado ao desuso, largado a insignificância, gerando muitas polémicas.

Entretanto dados da OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE) em um estudo realizado na Europa e América do Norte, tem-se que 26,0% dos jovens de até 15 anos, na idade escolar já haviam experimentado uma relação sexual.  Esses índices evidenciam que a iniciação sexual da população jovem tem acontecido precocemente e no momento conturbado do desenvolvimento físico e mental dos adolescentes.

Essa pesquisa revela também a dificuldade que os jovens encontram em adotar comportamentos sexuais seguros. Ratificando a vulnerabilidade dos adolescentes e a necessidade de estratégias preventivas de sensibilização dos educadores, dentre pais, escolas e politicas públicas a assegurar que os jovens participe de apoios educacionais alertando sobre a importância de um sexo seguro e com maturidade, a que os levaria a ter consciência da necessidade de métodos de prevenção do sexo inseguro, minimizando as consequências indesejadas ao longo da vida, tais como: doenças sexualmente transmitidas (IST), gravidez indesejadas e responsabilidades prematuras.

O método de barreira representa a principal estratégia de prevenção da gravidez e IST, sendo um método que, se bem utilizado, não prejudica a relação sexual, apresenta excelente custo-efetividade, é prático e amplamente discutido, incentivado e distribuído gratuitamente pelas mais diferentes unidades de saúde em todo o mundo.

Contudo, a não adesão ao uso regular do preservativo continua sendo uns principais fatores de vulnerabilidade da população jovem mundialmente.

JOVENS SIGA O CAMINHO DO BEM… CUIDE DE SI